Teen Vogue e o amadurecimento precoce do público jovem
- Michelle Gaio Machado
- 7 de jun. de 2016
- 2 min de leitura
A revista Vogue foi criada em 1892 e hoje é considerada a bíblia da moda. Em 1988, a polêmica Anna Wintour assumiu o cargo de editora-chefe da revista e reformulou todo o conceito da publicação. Aos poucos, Anna foi expandindo o público alvo da revista e em 2003 criou a Teen Vogue. A nova publicação tem como alvo o público jovem e trabalha sobre o conceito de um diálogo mais coloquial, facilitando a difícil linguagem da moda e focando no estilo dos ídolos adolescentes.
Apesar de ser uma publicação sobre moda para o público adolescente, a revista constantemente utiliza modelos adultas, estilos sérios e oferece pouco espaço às grandes marcas com linhas infantis: como no caso da mais recente linha infantil Stella Mccartney que lançou uma coleção divertida para crianças com galochas amarelas e casacos coloridos.
Entre os vários acertos de Anna Wintour, como as capas com celebridades ou a primeira versão da Vogue online em 1996, a Teen Vogue não é uma delas. A revista carrega as mesmas matérias da publicação adulta mas focadas em celebridades teen. Aliás, a publicação parece ser muito mais voltada a celebridades do que propriamente à moda.
Talvez a publicação seja o resultado da ineficiência das grandes marcas que trabalham com cores escuras e o famoso estilo “mocinho”, que frequentemente veste os filhos dos famosos. A própria editora-chefe do periódico, Amy Astlein, parece ter mais interesse nos ídolos teen do que nas matérias sobre moda.
Reflexo das marcas ou não, a Teen Vogue é uma revista fraca que não mantém a mesma influência da publicação adulta e conta, quase sempre, com slides show nas matérias online, o que diminui a importância do jornalismo de moda e até mesmo sua banalização.
Serviço
Teen Vogue
Ano de lançamento: 2003
Editora-chefe: Amy Astlein
País de veiculação: Estados Unidos

Comentários