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Bob Esponja: gentileza que educa

  • Ana Luiza Sant'Ana
  • 7 de jun. de 2016
  • 2 min de leitura

Em maio de 2000, o canal Nickelodeon Brasil transmitia o primeiro episódio do que viria a ser o desenho líder de audiência. No episódio "Precisa-se de Ajudante" somos apresentados ao cativante Bob Esponja, uma esponja do mar amarela que se prepara para pedir emprego no “melhor estabelecimento estabelecido para o fim de estabelecer comida”, Siri Cascudo, na cidade fictícia, debaixo da água, Fenda do Biquini. Independente da sua idade, você se pega torcendo para o personagem que fala com carisma e inocência de criança (embora já tenha seus 20 e tantos anos).

Stephen Hillenburg, criador do sucesso Bob Esponja, é biólogo marinho. Sempre teve fascínio pelo fundo do mar e, juntando isso com o seu sonho de ser animador, criou todo um elenco com diversos animais marinhos de personalidades bem diferentes para a animação "SpongeBob".

O desenho animado formou fãs de todas as idades. Alguns adultos até criaram a teoria de que cada um dos personagens em Bob Esponja Calça Quadrada representaria um pecado capital. O Sr. Sirigueijo, dono da hamburgueria e chefe de Bob Esponja, é viciado em dinheiro, ganancioso, e seu pecado seria a avareza. Plâncton, um pequeno crustáceo, representaria a inveja, já que passa muitos episódios desejando ter a receita para o famoso hambúrguer de siri do Siri Cascudo. Patrick, a estrela do mar seria a preguiça. No episódio "O Grande Fracassado Cor de Rosa", na segunda temporada, Patrick chega a ganhar um prêmio por não fazer absolutamente nada durante mais tempo. Lula Molusco (que é, na verdade, um polvo), seria representado pela ira, já que nunca sorri e está constantemente falando a palavra "odeio". O pecado da gula seria de Gary, o caracol de estimação de Bob esponja, já que a criatura gosta tanto de comida que chegou até a fugir de casa no episódio em que seu dono se esquece de alimentá-lo. Sandy, uma esquila que vive numa roupa de astronauta para poder respirar debaixo da água, representa o orgulho. A roedora está sempre cantando canções sobre o Texas, seu estado, e falando sobre a superioridade dos animais terrestres. À Bob Esponja sobraria a luxúria, mas não num sentido sensual. A luxúria seria seu amor em excesso, incondicional e sem a espera de reciprocidade. Em vários episódios podemos ver Bob fazendo coisas exageradas por amor às pessoas, querendo ajudar e fazer o bem, mesmo sendo, muitas vezes, irritante.

O comportamento do personagem principal e o sucesso do seriado são coisas interessantes para serem analisadas. Muitos desenhos populares entre as crianças têm como protagonista algum sabichão, personagem malandro como o Pica-Pau, ou justificam seu êxito com a força, poderes especiais ou mágica. O intrigante de Bob Esponja é que o seu sucesso no final de cada episódio vem do amor, da gentileza. Ele mostra que é preciso ceder para conquistar. Ensina para as crianças que nem sempre quem "fica por cima" é quem sai ganhando, e que existem meios mais justos e corretos para alcançar os objetivos. O seriado consegue ser educativo e sua comédia nonsense diverte pessoas das mais diversas idades.

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